domingo, 15 de abril de 2007

TURISMO ECOLOGICO E HISTÓRIA: O CAMINHO DO MAR

Nossa cidade é surpreendente, além da diversidade social, econômica e cultural, tem natureza exuberante, vegetação, rios transparentes, duas represas enormes, paisagens e testemunhos eteno cultural através de duas Aldeias Guarani assentadas em Parelheiros. Esse patrimônio só será valorizado e defendido quando for assumido pelos cidadãos, especialmente professores e escolas.

Para destacar essa realidade, a subprefeitura de Parelheiros em parceria com a direção do Núcleo Curucuru do Parque Estadual da Serra do Mar, convidou autoridades municipais para conhecerem a região. Com Eduardo Jorge, do Verde e do Meio Ambiente, acompanhado de técnicos de sua Secretaria e da Subprefeitura, descemos a Serra do Mar pela Trilha de Santo Amaro, que passa dentro da reserva indígena Rio Branco.
A proposta da expedição foi aprofundar relações com o município de Itanhaém que faz fronteira com Parelheiros. Consolidar trilhas e explorações guiadas para pesquisas está no Plano de Manejo, em fase final para implantação.

O grupo de doze integrantes chegou à noite na sede do Parque. Cada um com suas provisões, sanduíches, bebidas, aprontaram o jantar no fogão a lenha. Fomos surpreendidos pelas comodidades da sede que foi financiada pelos alemães. Todos deitaram cedo. Nosso secretário foi o primeiro a levantar e com um enorme binóculo passou a observar e comentar a diversidade de aves. Depois do café, o guia Valdé já estava a postos com Tico, um basset que mora no núcleo Curucutu, que nos acompanhou durante todo o percurso.

Foram repassadas instruções e às 07h30 o grupo adentrou pela trilha. Três horas depois, percorrendo o denominado campo nebular, um tipo de mata rala, paisagem com vales, pastagens e coxilhas similares as do Rio Grande do Sul, chegamos ao início da descida. Na orla da Serra a paisagem de campo se modifica e do mirante avistamos o mar de Itanhaém e Mongaguá. Levamos cinco horas de descida sinuosa para chegar ao vale e atravessar o Rio Branco, uns 850 metros abaixo. Faltavam ainda 30 km de estrada até a foz.

A trilha percorrida teve grau médio-alto de dificuldades. Em alguns trechos, como as passagens por riachos, é necessário muito cuidado e segurança. Se tivéssemos registro captaríamos um bom material para “vídeo-cacetadas”. Vestígios de animais, cachoeiras, árvores frondosas e uma variedade de flores também fez parte do cenário. Entre o Rio Branco e o mar, uma linha de montanha forma um vale com planície ocupada por enorme bananal. O rio mais abaixo, é tributário de Itanhaém. Lá em cima na Serra, às 15 horas, já era densa uma coroa de neblina, mas ainda faltavam cerca de 30 quilômetros para chegarmos em Itanhaém e nosso transporte não estava no ponto. Resultado: mais duas horas de caminhada para contato de rádio e celular. Chegamos em Itanhaém às 19h. Não foi possível assinar a carta de intenções com o prefeito Carlos Forssell, mas o intercâmbio com funcionários e a base local do Parque, criou condições para um evento amplo em 2007. A descida ativou minha memória das dificuldades que nossos antepassados enfrentaram para subir e descer a Serra do Mar que abriu um potencial turístico para o futuro. Novembro 2006

Um comentário:

Tonhão Alice de Pituca disse...

Onde consigo informações sobre esta trilha? Meu email e vissottojr@Yahoo.com