JOVENS EMPREENDEDORES DA COLÔNIA ALEMÃ - JECA

É importante registrar como uma idéia pode ganhar força de projeto e realidade. Inicialmente se apontava fortalecer a rede comunitária a partir das bases históricas. E Parelheiros é uma região especial no contexto metropolitano, um projeto regional de desenvolvimento sustentado e baseado no seu patrimônio local. Um destes patrimônios é sua história e cultura, o resgate histórico e a mobilização de parcela da comunidade pode se constituir em efeito demonstração na direção fortalecendo a auto estima, a identidade e o pertencer. Uma primeira etapa seria constituir e consolidar um grupo de jovens (menos de 30 anos), motivados, com perfil de empreendedores e sensibilidade para atividades na comunidade e, se possível laços com as famílias de imigrantes que chegaram em Parelheiros no inicio do século XIX.

Promover no grupo a metodologias de trabalho em grupo, da cooperação e planejamento, buscar um plano de trabalho comum com objetivos claros e metas a alcançar. Um objetivo geral estratégico é o desenvolvimento local com estes protagonistas projetando e agregando outros interesses e segmentos, fortalecer as iniciativas existentes na comunidade que leve a uma maior coesão social e territorial através da consolidação de lideranças comunitárias, formação de empreendedores e por fim a expectativa que uma comunidade com projeto e mobilizada assume o território. Era uma idéia em busca de atores, o que como veremos juntou coincidência.

Para tal grupo, projetamos objetivos específicos e metas: 1)Consolidar um grupo era o objetivo primeiro. 2)Em um prazo razoável que cada um e todos delimitassem projetos. 3)Buscar condições de formação e viabilidade para os projetos de grupos ou individual em suas diversas modalidades. 4)Gerar uma rede de apoio que ampliasse a base de sustentação do projeto do grupo.

Se possível: Constituir um Fundo Comum Cooperativo para uma viagem de estudos e projetos, cuja meta inicial era arrecadar em grupo, parte ou o total do custo de uma passagem ida-volta a Alemanha através de atividades econômicas e comunitárias na região e fora dela. Também, participar em curso e aprender elementos básicos para estabelecer comunicação no idioma alemão e conhecer a historia e desafios da região de Parelheiros. O próprio grupo, para ampliar o efeito demonstração faria palestras nas escolas sobre o desenvolvimento do seu projeto e seus alcances divulgando e compartilhando metodologia e experiências com outros jovens estimulando experiências similares. Buscar sintonizar os projetos de empreendimentos individuais e de grupos com um programa de viagem estudo cultura e intercâmbio econômico e cultural com a Alemanha.

Para isto consolidará os laços com uma REDE de apoio e intercambio, mobilizando o resgate histórico. Estabelecer contatos com instituições publica e privadas do Brasil e da Alemanha para concretizar a viagem de intercâmbio. Contatar os familiares do grupos para participarem em reuniões para se conhecerem e apoiarem seus filhos nos bazares e atividades para constituir o fundo de viagem e intercâmbio. Buscar um local para funcionamento permanente do grupo. Uma meta comunitária: uma CASA DA CULTURA E MUSEU DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ.

O que eram idéias em dez, de novembro de 2005 ao final de 2006 os resultados e a enorme quantidade de atividades são impressionantes. O primeiro esforço foi buscar entre os funcionários da Subprefeitura, aqueles com sobrenome alemão e motiva-los a conversar. Mas podemos dizer que o disparo efetivo das relações coma história foi um “Festival de Cinema Alemão”, organizado pela iniciativa de Claudionor do Santos buscando associar à imagem da região. Com isto apareceu o Administrador do Cemitério alemão, o André e logo o Sr. Franz. Conhecendo a proposta, André contata um grupo de jovens do Colégio Estadual Rasquinho que estava fazendo um trabalho, motivados pelo professor. E isto permitiu a primeira reunião de largada efetiva do projeto. Esta sinergia afirmou e motivou muitas pessoas e com desdobramentos.

O Balanço de quase um ano muito positivo. O grupo se fortaleceu com a identidade J.E.C.A (Jovens Empreendedores da Colônia Alemã). Confeccionaram camisetas, organizaram eventos. De fato os jovens motivaram também os veteranos. Os membros das entidades alemãs de São Paulo resolveram fazer uma reunião em Colônia. Os jovens saíram a campo para conhecer o Instituto Goethee, descobriram que outros jovens em Parelheiros estudavam alemão. Jovens do partido Democrata Cristão visitando o Brasil visitaram a região. Em todas as atividades culturais da Subprefeitura os meninos do JECA passaram a participar com identidade. A imprensa foi escutá-los. A Associação do Cemitério da Colônia cedeu espaço para uma sede e o grupo pensa com viabilidade adquirir uma casa para seu espaço cultural. O testemunho e apoio dos pais e da comunidade são positivos. O grupo participou de cursos como: Qualidade Máxima no Atendimento ao Cliente, ministrado pelo SEBRAE/SP. Oficinas do Fórum de Arborização organizado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente. O grupo tomou a iniciativa de participar da tradicional festa de rua, a Brooklin Fest.,onde montaram uma barraca com exposição de fotos do bairro e das primeiras famílias alemães que chegaram a região. Divulgando os objetivos do grupo, os atrativos da região,mapas, folhetos, Cratera de Colônia , APA Bororé Colônia. A Subprefeitura promoveu o seminário resgate das raízes da migração alemã. Por iniciativas dos jovens a professora Maria José Ferreira de Araújo Ribeiro, com tese sobre a imigração alemã no Brasil fez duas exposições sobre o tema. Alem da Subprefeitura os jovens conseguiram apoio e simpatia de entidades como Rosana (Associação Paulista de Professores de Alemão (APPA)). Martha Heymer Prétola (Centro Cultural Euro Americano). Dalmo e sua esposa (Associação Reino do sol).Sr. Franz Schimtd, André Barboza, Vera (Associação Cristã de Ensino e Associação Cemitério dos Protestantes) e Mario Reimberg (Representante da Associação Cívica Colônia Alemã) e criaram seu blog o www.jecas.blogger.com.br .