domingo, 15 de abril de 2007

FLORESTAS: EUCALIPTO E PINUS COM CADEIA SUSTENTAVEL

Na região de Parelheiros e Marsilac existem, sem exploração racional, um patrimônio florestal das denominadas exóticas Eucalipto e Pinus, ocupando 4% a 5% do território. Este patrimônio este praticamente congelado e improdutivo pela superposição de normas e ambigüidades burocráticas que inibem ou provoca lentidão em decisões sobre o tema. Esta insegurança trava um desenvolvimento sustentável e a geração de trabalho e renda. Constatamos no cotidiano da administração de Parelheiros caminhões detidos, trabalho semi-clandestino, com dificuldade para realizar um manejo racional sem uma solução clara da estrutura legal do Estado. Portanto o desafio imediato é clarificar as normas que ofereçam segurança para o manejo florestal em Parelheiros e Marsilac, cadastrar as unidades produtivas e articular proprietários e membros da cadeia produtiva, estabelecer um programa de qualificação e aperfeiçoamento para o desenvolvimento em base a este patrimônio florestal local. Um resultado imediato é gerar riqueza para a região, emprego, consolidar e valorizar o território e pequenas propriedades, evitando invasões e ocupações irregulares, ou seja, preservar a área de mananciais de uma cidade com 50% de déficit de água.

Alem da madeira e resina do pinus, o eucalipto tem vários subprodutos de acordo a variedade, produz óleo das folhas utilizado na indústria de perfumes, medicamento e alimentação com grande demanda internacional. A produção integrada, a reutilização das folhas produz vapor para caldeira, energia termoelétrica e adubo para a própria plantação. Alem das folhas, a madeira tem múltiplas utilidades tanto na indústria de móveis, construção, carvão, etc. O espaço ainda é utilizado para o pastoreio de animais como o gado e estimular outras produções consorciadas como mel e cogumelos.

Um planejamento e manejo racional de produção florestal na região de Parelheiros consolidarão o território, preservando a vocação e destinação daquele espaço, mantendo a permeabilidade do solo, gerando riqueza para a região, trabalho e renda. Do eucalipto, cerca de 60% da produção de óleo é exportada para União Européia. Por sermos uma região de mananciais podemos obter selo de comercio justo. A produtividade e a geração de postos de trabalho podem variar de acordo a tecnologia, mas com 35 toneladas de folhas se produz meia tonelada de óleo a um preço médio de custo de R$ 10,00 e venda mais de 17,00. A estrutura produtiva pode variar, destilarias pequenas de 60 quilos dia, grandes plantações ou consórcios de pequenos proprietários fornecedores de folhas de 10 a 20 há.

COMENTARIO: Depois de vários meses de esforços, no inicio de 2005 foi aprovada uma Portaria Intersetorial para Parelheiros estabelecendo procedimentos para manejo florestal. Foi iniciado um esforço de reunião e debate para constituir um pólo de interesse de proprietários de glebas. Infelizmente a maior afluência foi de intermediários e não dos produtores.


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